A Tesla é uma empresa norte-americana de veículos elétricos e energia limpa fundada por Elon Musk, JB Straubel, Martin Eberhard, Marc Tarpenning e Ian Wright em 2003. A empresa recebeu o nome do renomado inventor e engenheiro elétrico, Nikola Tesla.
A empresa é conhecida principalmente por projetar e fabricar veículos elétricos (VEs), incluindo carros de passageiros, SUVs e veículos comerciais. Alguns dos modelos notáveis produzidos pela Tesla incluem o Tesla Roadster, Model S, Model 3, Model X e o Model Y.
Os veículos da Tesla são conhecidos por sua tecnologia avançada, desempenho impressionante e longo alcance. Eles são impulsionados por baterias de alta capacidade que fornecem energia para motores elétricos eficientes, permitindo que os veículos da Tesla tenham uma autonomia significativa em comparação com outros veículos elétricos no mercado.
Porém, apesar da sua missão em reduzir carros movidos por combustíveis fósseis, a Tesla vem recebendo duras críticas em relação aos princípios ESG. Continue a leitura e saiba mais!
Tesla e ESG: entenda o caso
Em março deste ano (2023), foi divulgado o índice ESG do S&P 500 e a Tesla ficou de fora. De acordo com o índice, a empresa não aplica o “S” e o “G” da sigla ESG em suas atividades, além de ter sido caracterizada como uma empresa conturbada no que diz respeito ao ambiente corporativo.
Além disso, os episódios envolvendo preconceito e discriminação racial, além dos casos de acidentes envolvendo a função piloto automático dos carros da Tesla estão entre as razões que a excluíram do índice.
O caso, que gerou bastante repercussão, incluindo a manifestação pública de Elon Musk, é um bom exemplo sobre a compreensão equivocada que muitas pessoas têm sobre ESG. Ao contrário do que se pensa, os princípios ESG não tratam apenas de sustentabilidade e, portanto, para uma empresa como a Tesla que oferece produtos sustentáveis, é preciso também se atentar às práticas sociais e de governança, algo que não acontece até o momento.
Elon Musk parece não entender bem o que é ESG
Inconformado com as polêmicas envolvendo a Tesla e a sua saída do índice citado, Musk decidiu se manifestar publicamente no Twitter (plataforma que adquiriu recentemente). No Twitter, o CEO da Tesla afirmou que “ESG é uma farsa escandalosa! Que vergonha para a S&P Global”.
Musk ainda se mostrou indignado ao observar outras empresas que entraram na lista, como a Exxon, uma multinacional estadunidense de combustíveis fósseis. O CEO completou a crítica afirmando que o ESG foi uma estratégia “armada por falsos guerreiros da justiça social”.
Diante dessa crítica, podemos observar que Musk não compreende que o termo ESG é muito mais do que promover impactos positivos para o meio ambiente. Sendo assim, nesse momento é fundamental que a empresa reconsidere suas estratégias, visto que os princípios ESG ganham cada vez mais força no mercado e quem não se adequar pode acabar ficando para trás.
Vale lembrar que ESG, muito mais do que uma tendência e uma lista de itens a serem incluídos nas ações da empresa é uma resposta às transformações socioambientais e culturais. Hoje, as pessoas têm total acesso aos dados sobre o meio ambiente, estão mais antenadas em diversidade e desejam uma postura positiva das empresas em relação aos desafios do presente, para que o futuro seja possível.
ESG: muito mais do que sustentabilidade
Para finalizar esse estudo de caso sobre a Tesla, gostaríamos de recordar os princípios das siglas S (social) e G (governança), já que muitas pessoas ainda associam o ESG apenas aos aspectos ambientais. Por isso, saiba mais detalhes a seguir e entenda como avançar para além da sustentabilidade:
Social
Os aspectos sociais se referem às práticas e políticas relacionadas ao impacto da empresa na sociedade. Isso inclui questões como relações com funcionários, direitos humanos, diversidade e inclusão, saúde e segurança ocupacional, envolvimento comunitário, responsabilidade social corporativa e impacto social positivo.
Assim, as empresas socialmente responsáveis buscam promover a igualdade, a justiça social e contribuir para o bem-estar das comunidades em que operam. Um bom exemplo é a atuação positiva de uma empresa com as comunidades localizadas próximas às instalações, atuando na mitigação de impactos e resguardando a fonte de renda e saúde dos habitantes.
Outro exemplo de atuação social é no quesito diversidade e inclusão. Hoje, as empresas mais lembradas como cases efetivos de ESG são aquelas que apresentam políticas de contratação para diversificar o time, incluindo cargos de alta liderança para mulheres, pessoas racializadas, população LGBTQIA+ e PCDs.
Governança
Em relação aos aspectos de governança, estes se concentram nas estruturas e práticas de governança corporativa de uma empresa. Isso envolve a forma como a empresa é gerida, as políticas e procedimentos estabelecidos, a transparência nas operações, a prestação de contas, a ética empresarial e a independência do conselho de administração.
Dessa forma, as empresas com boas práticas de governança corporativa tendem a ser mais transparentes, responsáveis e têm menos riscos de corrupção ou conflitos de interesse. Um bom exemplo no caso dos acidentes que envolvem os carros da Tesla seria apresentar as causas ao público e mostrar como a empresa tem trabalhado para corrigir e evitar que o problema ocorra novamente no futuro.
O futuro é ESG!
A avaliação do desempenho de uma empresa em relação aos aspectos ESG é importante para investidores, consumidores e outras partes interessadas, pois ajuda a identificar o compromisso da empresa com a sustentabilidade, a responsabilidade social e a gestão eficaz dos riscos. Além disso, as empresas que integram práticas ESG podem ter vantagens competitivas, acesso a financiamentos sustentáveis e melhor reputação no mercado.
Ainda que o termo não seja amplamente conhecido e cause confusões como vimos neste case, lembramos que as empresas que caminham em direção ao futuro já conhecem a importância do ESG.
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Fonte: https://www.seudinheiro.com/2022/bilionarios/tesla-elon-musk-esg-ceo-miql/