A Cargill é uma das maiores empresas do mundo e possui sede nos Estados Unidos. Fundada em 1865, por William W. Cargill, a empresa começou como um pequeno armazém de grãos em Conover, Iowa, e desde então se tornou uma gigante global no setor de alimentos, agricultura, finanças e produtos industriais.

Atualmente, a empresa atua em diversas áreas da cadeia de suprimentos agrícolas, desde o cultivo e processamento de commodities agrícolas até a distribuição de produtos alimentícios para clientes em todo o mundo. A Cargill também possui uma série de operações, incluindo produção de grãos, carnes, óleos vegetais, ingredientes alimentícios, alimentos para animais e produtos financeiros relacionados ao mercado de commodities.

Com mais de 150 anos de história, a Cargill cresceu através de aquisições estratégicas e expansão global. Atualmente, a empresa possui presença em mais de 70 países e emprega cerca de 160.000 pessoas em todo o mundo. Além disso, a Cargill mantém parcerias com agricultores, produtores e comunidades locais para promover práticas sustentáveis de produção de alimentos.

Mas e como a empresa tem se comprometido com a responsabilidade ambiental, a segurança alimentar e a promoção do bem-estar animal? Nos últimos anos, a Cargill tem buscado desenvolver soluções inovadoras e sustentáveis para enfrentar os desafios globais, como a escassez de recursos naturais, as mudanças climáticas e a demanda crescente por alimentos. É sobre isso que falaremos neste estudo de caso.

Continue a leitura e saiba mais!

Desafios urgentes do mercado

A escassez de recursos naturais, as mudanças climáticas e a demanda crescente por alimentos são desafios urgentes e interconectados que afetam o setor de alimentos e agricultura globalmente. Pensar neles nos ajuda a refletir sobre a importância da aplicação dos princípios ESG em gigantes do mercado, como é o caso da Cargill.

A escassez de recursos naturais, como água e terra cultivável, é uma preocupação significativa para a produção de alimentos. A agricultura consome uma quantidade substancial de água doce e compete com outros setores pelo acesso a esse recurso finito. Além disso, a expansão da agricultura para atender à demanda crescente por alimentos tem levado ao desmatamento e à degradação do solo, reduzindo ainda mais a disponibilidade de terras adequadas para a produção agrícola.

As mudanças climáticas representam uma ameaça crescente para a segurança alimentar. Assim como a elevação das temperaturas, eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades mais intensas, têm impactos negativos na produção agrícola.

Dessa forma, as culturas são afetadas por condições climáticas desfavoráveis, levando a quebras de safra, diminuição da produtividade e perda de alimentos. Além disso, as mudanças climáticas também afetam a distribuição geográfica de algumas culturas, exigindo adaptação e resiliência dos agricultores.

A demanda crescente por alimentos é outro fator crucial, já que avança conforme o crescimento populacional aumenta, além da crescente urbanização e das mudanças nos padrões de consumo. Estima-se que a população mundial alcance 9 bilhões de pessoas até 2050, o que requer um aumento significativo na produção de alimentos para alimentar todos.

Como enfrentar esses desafios?

Para enfrentar esses desafios, são necessárias soluções integradas e sustentáveis. Isso inclui o desenvolvimento de práticas agrícolas mais eficientes e sustentáveis, como a agricultura de conservação, a agricultura de precisão e a agroecologia. Além disso, investimentos em pesquisa e desenvolvimento são essenciais para melhorar a resiliência das culturas e encontrar maneiras inovadoras de aumentar a produção de alimentos, reduzindo ao mesmo tempo os impactos ambientais.

A colaboração entre governos, empresas, organizações não governamentais e a sociedade civil é fundamental para enfrentar esses desafios de forma abrangente. A implementação de políticas e regulamentações eficazes, o incentivo a práticas agrícolas sustentáveis e a promoção de cadeias de suprimentos responsáveis são elementos essenciais para lidar com a escassez de recursos naturais, as mudanças climáticas e a demanda crescente por alimentos.

O que a Cargill tem feito para construir um futuro ESG?

A Cargill tem sido objeto de críticas e controvérsias ao longo dos anos. Algumas preocupações levantadas estão relacionadas a questões ambientais, desmatamento, direitos trabalhistas e segurança alimentar. A empresa tem se esforçado para abordar essas questões e implementar práticas mais sustentáveis em suas operações.

Em 2022, por meio de um relatório público, a Cargill afirmou que pretende eliminar o desmatamento de suas operações, já que essa tem sido uma das maiores críticas que a empresa enfrenta nos últimos anos. Além disso, no mesmo relatório, a empresa também trouxe dados sobre a rastreabilidade de toda a soja utilizada, promovendo a transparência, um dos princípios ESG que a Cargill está implementando.

Esses compromissos também incluem quatro principais objetivos relacionados à produção da Cargill na América do Sul:

  1. Proteger as áreas de cultivo contra o desmatamento, incluindo áreas além da floresta;
  2. Beneficiar agricultores e produtores locais;
  3. Respeitar o direito dos trabalhadores, além das terras dos povos indígenas e comunidades tradicionais;
  4. Implementar e manter altos padrões de transparência, por meio de métricas, canais para denúncia e com o auxílio das novas tecnologias.

A Cargill também tem se envolvido em iniciativas e colaborações externas relacionadas a ESG. A empresa participa de programas de certificação, como a Iniciativa para o Comércio Sustentável (Sustainable Trade Initiative) e a Mesa Redonda sobre Óleo de Palma Sustentável (Roundtable on Sustainable Palm Oil), além de colaborar com organizações e parceiros do setor para impulsionar práticas mais sustentáveis em toda a cadeia de valor.

No entanto, é importante observar que a Cargill enfrentou críticas e desafios em relação a questões ESG ao longo dos anos. Algumas preocupações levantadas incluem desmatamento associado às suas operações, impactos sobre as comunidades locais e direitos trabalhistas em sua cadeia de suprimentos. A empresa está trabalhando para abordar essas preocupações e fortalecer suas práticas e políticas relacionadas à ESG.

Tendo em vista esse cenário, será bastante desafiador para a Cargill conquistar a confiança do público, portanto, os princípios em relação à governança, especialmente na transparência, devem ser implementados com dedicação e conhecimento. Uma equipe amplamente capacitada é um início para a empresa.

Conclusão

A Cargill demorou, mas percebeu que o futuro deve ser ESG. Os recursos naturais são limitados, além da população estar mais crítica e solicitar maior comprometimento das empresas.

Com esse case aprendemos que melhor do que lutar para conquistar a confiança do público, é implementar os princípios ESG o quanto antes.

Acesse nosso site e saiba mais sobre nosso curso!