A aplicação de princípios ESG (ambientais, sociais e de governança) nas empresas envolve a incorporação das considerações necessárias em suas práticas de negócios e estratégias. Dessa forma, o Grupo O Boticário é um bom exemplo de sucesso para compreendermos como os princípios ESG podem ser incorporados em indústrias do ramo da beleza.

De acordo com o principal chairman do grupo, Artur Grynbaum, sócio majoritário com 20% das ações, a empresa diz não se preocupar com modismos e não cede às pressões de investidores. Para o grupo, as decisões relacionadas à sustentabilidade, impacto social e governança sempre estiveram alinhadas com o modo de conduzir os negócios da empresa.

O Boticário é uma empresa modelo quando falamos em ESG

Em uma entrevista recente, Grynbaum afirmou que a empresa não tem a intenção de conduzir as atividades com práticas socialmente positivas e sustentáveis apenas para cumprir uma agenda ou se enquadrar em uma caixinha do que é ser uma empresa modelo de acordo com o ESG.

Assim, muito mais do que estar antenada nas tendências de consumo e na mudança dos hábitos dos seus clientes, desde os anos 90 o Grupo O Boticário coleciona ações sustentáveis em sua história.

Ainda de acordo com Grynbaum, a empresa adotou práticas ecológicas em um período em que esse conceito sequer existia no vocabulário corporativo. O objetivo do O Boticário sempre foi causar impacto positivo na vida do ser humano. Quando a Fundação Boticário de proteção à natureza foi criada, o objetivo foi promover um impacto relevante para a vida das pessoas, além da conservação.

O grupo não está muito preocupado com definições

Embora a definição de ESG seja bastante relevante para as empresas, afinal, muitas delas entendem a importância dos conceitos graças ao conhecimento da definição, essa está longe de ser a preocupação do O Boticário. Para a empresa, ESG deve ser um “jeito de administrar o negócio” e não a implementação de estratégias.

Em outras palavras, o que o sócio majoritário do grupo deseja é que os conceitos de sustentabilidade, impactos sociais positivos e governança estejam em cada decisão do grupo. Assim, mais do que se definir como uma empresa alinhada ao ESG, a ética da empresa pauta cada uma de suas decisões.

Se uma nova unidade da loja é aberta, é de interesse do grupo saber se o fornecedor de matéria-prima é certificado e se é ecoeficiente. Se por outro lado, um novo produto será lançado, antes de chegar ao mercado, a empresa já sabe como será a logística por trás do descarte da embalagem deste produto.

Portanto, mais do que a implementação de uma ou outra iniciativa, o grupo O Boticário promove algo muito mais amplo e ramificado em suas operações, o que é diferente de implantar ações isoladas.

ESG é fazer as coisas “do jeito certo” para O Boticário

De acordo com Grynbaum, o ESG no O Boticário é o “jeito certo” de fazer as coisas. Quando a empresa fala em incluir a diversidade em seu time, é muito mais do que aplicar uma cota para a contratação ou estabelecer pequenas ações afirmativas voltadas ao capital humano da empresa.

A empresa conduz suas atividades com um olhar focado no crescimento e inovação, o que significa entender como a população é constituída. Se há diversidade no público que a empresa deseja atender, essa diversidade deve ser igualmente representada no time da empresa. Ou seja, incluir diversidade no time é inovar a empresa com olhares diversos, o que promove o crescimento.

Ações do Grupo O Boticário que inspiram

O Grupo O Boticário possui uma série de ações que inspiram. Exatamente por não definir suas ações como ESG e não se preocupar em estar dentro de “caixas”, O Boticário consegue elevar o que entendemos do conceito. Mais do que aplicar estratégias, o grupo vive aquilo que acredita e está no caminho para conduzir os negócios do “jeito certo”, como a própria direção define.

Agora, vamos para algumas das ações da empresa que podem inspirar outros negócios:

Redução de consumo na produção

O Boticário recentemente reduziu o uso de energia elétrica na produção de seus cremes em uma das unidades. Uma mudança simples do processo, que antes era quente e hoje é frio, economizou uma quantidade equivalente ao consumo de seis ou dez mil habitantes, ou seja, de uma cidade pequena.

Olhar para além dos custos

Em muitos casos, é preciso aumentar os custos para ser mais sustentável, como é o caso do uso do plástico verde do O Boticário. A empresa, no entanto, enxerga isso como um investimento. No início, os custos são altos, mas no decorrer do processo, o investimento retorna com operações mais eficientes, inovação e mais vendas. O olhar da empresa está sempre focado no longo prazo.

A cultura da empresa é fundamental

Para O Boticário, a empresa jamais irá buscar “resultados a qualquer custo”. Isso porque o resultado é tão importante quanto o caminho que conduz até ele. Isso é ESG na prática, já que cada ação da empresa repercute na sustentabilidade e impacto social a curto e longo prazo. A forma como o resultado é gerado é extremamente relevante para a cultura da empresa.

Como aplicar esses conhecimentos na minha empresa?

Como vimos, mais do que aplicar diretrizes de ESG na empresa, é preciso inovar a cultura da empresa e focar no caminho conduzido até os resultados. O Boticário é uma empresa modelo porque se preocupa com essas questões de forma integral.

O problema é que hoje mais da metade das empresas não possui pessoas especializadas no assunto. Portanto, o primeiro passo é se especializar. No Curso de ESG a sua empresa aprenderá a gerenciar custos de forma mais eficiente, se adequar à legislação e promover impactos positivos para crescer em conjunto com a sociedade.

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